Espera

Quando a inspiração falha, eu corro de mim mesmo.
E se eu tropeço na trilha, engulo o grito pra dentro.
Quem me vê não rirá, pois não sabe o que me doí.
Na dor do silêncio grito o sentimento desse amor.
Pois é a unica coisa que não esvai, e sempre me atrai.
A dor, do sentimento fino, da beleza interior que não podem ver.
A beleza ignorada e quase apagada por esse exterior coberto pela barba.
Amor meu, queria eu tê-lo acima de tudo, e lhe presentear com o que está por baixo.
Mas minha lucidez não voa, pois ainda à tenho aqui, no meu peito.
Meu coração ainda palpita, palpites tortos, mas certos que o alvo é você.
Alvor do mais belo dia, que poderia durar mais que sempre.
Se o sempre acaba, que dure até o nunca, pois ele nunca chega.
Vem pra perto doce lembrança, chega pra me fazer denovo teu.
Para fazer as lembranças sentirem saudades de nós...
Ouvir os bancos da rua clamar-nos para sentar.
Para que as flores sejam para mim mais preciosas que o valor.
E distribua beleza adornando o teu cabelo.
Me falta inspiração, sobra minha espera, sem você estar aqui.